A data de 5 de Maio foi oficialmente estabelecida como Dia Mundial da Língua Portuguesa em 2009, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Um dos temas importantes a ser mencionado nesta data é sobre a alfabetização no Brasil.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), antes da pandemia, o Brasil vinha avançando, lentamente, no acesso de crianças e adolescentes à escola. Com a Covid-19, no entanto, o país corre o risco de regredir duas décadas.
Segundo dados divulgados pelo Todos Pela Educação, entre 2019 e 2021, houve um aumento de 66,3% no número de crianças de 6 e 7 anos de idade que não sabiam ler e escrever. O número passou de 1,4 milhão em 2019, para 2,4 milhões, em 2021.
Um dos grandes problemas relacionados a esse crescimento no número de jovens que não sabem ler ou escrever, foi o acesso à educação pública remota no país, principalmente para pessoas de baixa renda. Essa exclusão escolar na pandemia atinge sobretudo crianças de faixas etárias que encaram o desafio da alfabetização.
O cenário impõe novos desafios, e a Frente Parlamentar Mista da Educação, com o objetivo de trazer mais equidade para fortalecer a educação do país, luta pela implementação de políticas públicas eficientes.
Um grande exemplo, é a Lei de Conectividade nas Escolas, de relatoria da deputada da Mesa Diretora da FPME, Tabata Amaral (PSB-SP) e de autoria de outros 24 deputados, que torna obrigatória a cobertura de internet de todas as escolas de ensino básico. A Lei foi aprovada em 2021 pelo Congresso como uma resposta à ausência da gestão do governo no enfrentamento aos impactos da pandemia na educação.