Desafios e prioridades da educação brasileira foram apresentados em evento que reuniu parlamentares e representantes de organizações do terceiro setor
A Frente Parlamentar Mista da Educação (FPME) promoveu, nesta terça-feira (3), no Centro de Formação do Sesi, um encontro estratégico para traçar as diretrizes da educação brasileira em 2025. Com a presença de parlamentares, assessores, representantes de organizações do terceiro setor e entidades da área, o evento tratou de temas centrais como educação básica, o ensino superior, a valorização dos professores e a ampliação do ensino integral, entre outros.
O encontro marcou o início do processo de planejamento estratégico da FPME. Os participantes elaboraram um diagnóstico das demandas educacionais, propondo pautas prioritárias alinhadas ao Plano Nacional de Educação (PNE) e ao Sistema Nacional de Educação.
A próxima etapa do planejamento será a definição de prioridades para as coordenações temáticas da Frente, considerando as metas do PNE, cuja vigência atual se encerra em dezembro de 2025, e outros marcos legais relevantes.
Durante a abertura, a deputada Professora Luciene Cavalcante (PSOL/SP) enfatizou a importância da articulação entre o parlamento, as entidades e a sociedade civil para promover mudanças significativas na educação.
“É isso que precisamos para colocarmos no centro do debate a educação como a política mais importante de enfrentamento às desigualdades, que é o principal direito social. A frente tem um papel muito importante na história da nossa educação”, disse.
O deputado Idilvan Alencar (PDT/CE) refletiu sobre os avanços e desafios de 2024, destacando a necessidade de priorizar a aprovação de projetos de educação.
“Neste ano, enfrentamos desafios como a reforma do Novo Ensino Médio. Mas precisamos pensar à frente, em como garantir a sustentabilidade do Pé-de-Meia. E o ensino integral, como será tratado? O ano de 2025 trará novos desafios que exigem nosso planejamento e ação”, pontuou.
Na ocasião, Wesley Pereira, superintendente de Educação Básica do Sesi, reforçou o papel do Legislativo e destacou a relação entre a educação e o desenvolvimento econômico. “Uma revolução educacional é essencial para preparar profissionais capacitados para a nova revolução industrial sustentável”, disse.
Mesas temáticas
Durante a manhã, os participantes se dividiram em mesas temáticas para um momento de diagnóstico e construção, como: Ensino Técnico Profissional e Inclusão Produtiva, Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e Integral, Valorização do Professor; Primeira Infância e Educação Infantil, Alfabetização e Ensino Fundamental, Avaliações Educacionais, Recuperação das Aprendizagens Tecnologia e Conectividade; Financiamento da Educação e Infraestrutura, Governança Federativa, Plano Nacional de Educação; Educação para Amazônia, Educação para Relações Étnico-Raciais, Educação Inclusiva, Enfrentamento à Violência nas Escolas; e Pesquisa, Extensão, Ciência e Tecnologia e Permanência Universitária.
Também estiveram presentes representantes do SESI, UBES, UNE, Instituto Sonho Grande, Itaú Educação e Trabalho, Todos pela Educação, Instituto Península, Fundação Lemann, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Fundação Itaú, Mega Edu, Cenpec, Consec, D3E, FGV e o Instituto Ayrton Senna. A condução das atividades foi realizada pela Legisla Brasil, entidade dedicada a fortalecer a atuação política e legislativa no país. A Frente da Educação é subscrita por mais de 200 parlamentares, entre senadores e deputados. O Sesi, que recepcionou o evento, compõe o seu Conselho Consultivo.
