Blitz Retorno Seguro visita escolas em Taguatinga (DF)

A campanha Blitz Retorno Seguro, promovida pela Frente Parlamentar Mista da Educação, teve a primeira ação na rua. O deputado federal Professor Israel Batista (PV-DF), presidente da FPME, visitou quatro escolas em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal, onde as aulas presenciais foram retomadas.

A visita teve como objetivo verificar as estruturas e o cumprimento dos protocolos sanitários contra a Covid-19. “Depois da campanha nas redes sociais, resolvemos ir até as instituições para acompanhar a retomada. É importante esse contato com a comunidade escolar para ver de perto como está sendo feita a reabertura das escolas públicas. Nossa intenção é levar a blitz para outros estados”, admite o presidente da FPME.

Na ocasião foram visitadas as escolas CEI 07, EC 39, CEF 04 e CEF 17, que atendem estudantes da educação infantil até o ensino fundamental II. “Em termos de infraestrutura, as escolas estão funcionando bem e seguindo todos os protocolos de segurança”, revela o deputado federal.

Educação infantil

Localizado em Taguatinga Sul, o Centro de Educação Infantil (CEI 07) foi o primeiro a receber a Blitz Retorno Seguro. O colégio é dedicado ao ensino precoce, voltado para crianças de 0 a 3 anos, e à educação infantil, que atende estudantes até os 5 anos.

No espaço foram colocados cartazes informativos, tapetes sanitizantes e dispersores de álcool em gel adaptados para a altura das crianças. Os alunos foram divididos em grupos que são revezados na aula presencial. Na hora do lanche, pequenos grupos são conduzidos em diferentes horários para a alimentação.

Crédito: Matheus Veloso/Divulgação

A partir do dia 30 de agosto, a escola volta a receber os alunos da educação precoce. Por terem um atendimento personalizado, a estrutura da instituição teve que se adaptar a um protocolo ainda mais rígido. “Em cada sala vai estar um professor de educação física, um pedagogo, o pai e a criança. Temos 5 salas por turno em atendimento personalizado para o contexto de pandemia”, explica a diretora Dayse Gonçalves.

Ensino fundamental I

A segunda parada da blitz foi na Escola Classe 39, a primeira colocada no IDEB/2020 no DF. Logo na entrada, a escola conta com medição de temperatura feita pelos funcionários e também pelo termômetro infravermelho, em que o aluno só precisa se aproximar do aparelho.

Na porta de cada sala de aula, há instruções dos protocolos contra a Covid-19, assim como a capacidade máxima do espaço. De forma lúdica, a escolha propõe nas paredes como devem ser os comprimentos dos alunos em tempos de pandemia: toque de cotovelos, saudação de longe, fazer o “joia” e bater os pés.

Crédito: Matheus Veloso/Divulgação

A diretora Karine Silva Pereira compartilhou que os professores passaram por treinamentos para se adaptarem ao novo momento, em que a escola precisou apostar no ensino remoto, agora um aliado na retomada do presencial. “A gente teve que reaprender a trabalhar. Fomos buscar profissionais para fazer estudos com o nosso grupo, como psicólogos e profissionais da saúde”, comenta.

Ensino fundamental II

A Blitz Retorno Seguro ainda esteve em duas instituições de Ensino Fundamental II: CEF 04 e CEF 17. No Centro de Ensino Fundamental 04, as paredes da escola estão repletas de cartazes informativos para os alunos. Há desde os protocolos até informações mais aprofundadas, como dicas para se ter resiliência em meio à crise sanitária. Na porta de cada sala, é possível acompanhar os grupos que foram formados para o escalonamento dos estudantes.

Crédito: Matheus Veloso/Divulgação

Mayara Cristina, professora de história do CEF 04, destacou a importância do apoio do Poder Público junto à escola, alunos e pais no processo de retomada de aulas. “Não temos ainda de fato um controle epidemiológico. Gera sim uma insegurança, principalmente porque temos a variante delta. É muito importante que a escola, a comunidade e o Poder Público estejam unidos e em diálogo para que a gente possa conduzir da melhor forma e com segurança”, analisa.

No Centro de Ensino Fundamental 17, o protocolo é iniciado logo na porta. Todos os alunos precisam fazer a lavagem das mãos nas pias colocadas na entrada da instituição antes de seguirem para as suas respectivas salas. “(O aluno) Entra, higieniza com água e sabão, sem aglomerar, e começam os protocolos de dentro do portão”, instrui Andréia Ferreira, diretora do CEF 17.

Crédito: Matheus Veloso/Divulgação

A escola inovou e tem adotado a transmissão simultânea durante as aulas para os 50% dos estudantes que ficam em casa. Dessa forma, os alunos que não estão na escola assistem ao mesmo conteúdo dos estudantes que estão presentes fisicamente no CEF 17. “A gente abaixa a ansiedade do aluno, o estudante não tem déficit de conteúdo e o professor não precisa reduzir o conteúdo. É internet uma ferramenta importante e a gente não poderia dispensar só porque voltamos ao presencial”, diz a diretora.

O deputado federal Professor Israel Batista ficou empolgado com a prática. “Assim a escola vive o salto tecnológico que ela não viveu desde o século 19”, avalia. Para o parlamentar, exemplos como esse mostram a importância de levar conectividade para as escolas públicas de todo o Brasil, com a Lei da Conectividade, criada no Congresso Nacional, e a inclusão das instituições da rede pública no edital do leilão 5G.

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