COMEX-MEC: mais transparência e acessibilidade de deficientes visuais no Enem, diz Rose Modesto (PSDB-MS)

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que existe há cerca de 20 anos, é o maior vestibular do Brasil selecionando estudantes para as vagas nas 130 instituições públicas brasileiras. A Comissão Externa que acompanhou os trabalhos do Ministério da Educação desde abril deste ano direcionou uma sub-relatoria dedicada à avaliação, levantando gargalos e apontando recomendações.

A deputada Rose Modesto (PSDB-MS), sub-relatora do tema, conta que o ponto de partida foi uma pesquisa de todo o histórico da existência do Enem, indicando os problemas ocorridos anualmente. “Identificamos algumas dificuldades, entre elas a questão do Enem com o novo ensino médio. Há uma dificuldade que precisa ser vencida com muita organização. Tem que ter transparência e o acompanhamento da comissão que vai organizar esse Enem, preparando os alunos do terceiro ano para isso”, explicou.

 


Diretrizes e Bases

O ensino médio sofreu mudanças com a lei nº 13.415/2017, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, estabelecendo mudanças na estrutura e ampliando o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para mil horas anuais, definindo uma nova organização curricular integrada com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

O trabalho realizado, segundo a sub-relatora, foi relevante e apontou caminhos para o aperfeiçoamento do Exame e para a melhoria da acessibilidade na realização da prova, gerando apontamentos para ampliar a participação da sociedade na Comissão. “Nós identificamos a necessidade desse olhar especial em relação a acessibilidade das pessoas que têm algum tipo de deficiência”, acrescentou. 

Enem digital

A deputada aponta ainda, como recomendação, o olhar criterioso para o Enem Digital, que pretende realizar a prova digitalmente em 15 capitais com renda per capita menor no próximo ano. A recomendação da sub-relatoria é de maior transparência da comissão que vai elaborar as provas, e ainda uma segurança na elaboração técnica das questões do Exame. 

“As pessoas com menos condições financeiras têm mais dificuldade de enfrentar o Enem Digital. É preciso ter uma preparação nesse sentido. Os alunos do terceiro ano do ensino Médio precisam estar preparados para esse novo formato”, completou Rose Modesto.

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