Investir em educação na primeira infância é investir em um futuro próspero, com adultos úteis e atuantes. As participantes do terceiro dia do Ciclo de Debates, promovido pela Frente Parlamentar Mista de Educação (FPME) em parceria com a Associação Nacional de Educação Básica Híbrida (ANEBHI), chegaram a essa conclusão no terceiro dia do evento, em que o tema debatido foi: “Primeira Infância e Educação Infantil: recursos e formação de professores”. Participaram a doutora em psicologia educacional Andréa Patapoff, a doutora em educação Jussara Tortella, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) e a socióloga Gisela Washopp.
De acordo com as especialistas, a educação infantil ficou, por muito tempo, à mercê apenas da preparação para a educação básica. “Precisamos construir uma escola a trabalho do desenvolvimento da primeira infância. A criança tem o direito à educação infantil e com um atendimento de qualidade”, afirmou Gisela Washopp.
Um cenário animador seriam escolas com espaços organizados, professores qualificados para promover a experiência nesse período e a parceria da escola com a família, afinal, a educação infantil é um segmento caro e precisa de investimento. “A pergunta latente é: como garantir o direito das crianças à educação. A essa criança que vive na infância e precisa brincar, mas também ser preparada para o futuro”, provocou a deputada Paula Belmonte. A resposta talvez venha em breve, com a parceria feita com a Universidade de Brasília, onde será construído um Centro de Pesquisas da Primeira Infância.
Para a doutora em psicologia educacional Andréa Patapoff, é necessário entender qual o processo de qualificação dos profissionais da educação infantil. “Não é apenas uma aprendizagem mecânica, mas uma aprendizagem de vivências que possa complementar as experiências dos estudantes”, levantou. Segundo ela, os professores necessitam de uma formação direcionada, pois o tratamento desses alunos e de como a informação é transmitida é diferente.
A socióloga Gisela Washopp lembrou que a pandemia do coronavírus escancarou a necessidade e a utilidade do ensino híbrido. Ela explicou que a interação pessoal junto com o uso de ferramentas de ensino remoto, se bem feitas, podem promover experiências grandiosas. “As crianças precisam ser ouvidas e atendidas nas suas necessidades. E suas necessidades são sempre contextualizadas”, afirmou. Contudo, para que essa experiência seja eficiente, há de se entender qual tipo de formação é necessária para que os professores sejam capazes de atuar com aplicativos no ensino híbrido.
Para a deputada Paula Belmonte, a primeira infância não é um tema que as pessoas conheçam e estejam habituadas a discutir e muitas nem sabem a qual período se refere à primeira infância. “A criança não é só criança. Ela é uma grande fonte de investimento e a educação é essencial para que se possa desenvolver mulheres e homens com mais capacidades para exercer o que eles quiserem”, explicou.
O Ciclo de Debates acontece durante toda a semana, até o dia 26, das 19h às 21h, com lives de autoridades e especialistas abordando temas educacionais que mobilizam a sociedade brasileira e a atuação do Congresso no apoio à educação básica. Acompanhe nas redes sociais da FPME e no youtube da Anebhi.
Frente Parlamentar Mista da Educação,
Brasília, 25 de fevereiro de 2021.