Quarto debate sobre o PNE recebeu representantes de uniões estudantis
A evasão escolar e os motivos que levam ao abandono foi tema da audiência pública promovida nesta segunda-feira (16) pela Comissão de Educação (CE). Representantes de uniões estudantis participaram do debate e reforçaram que o combate à evasão escolar deve estar no centro do novo Plano Nacional de Educação (PNE). O encontro foi o quarto de uma série de 10 realizado pela CE e conduzidos pelo senador e vice-presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação Flávio Arns (PSB-PR).
“É muito importante termos escolas que atendam as necessidades, sonhos e a perspectiva dos estudantes. E, principalmente, que seja uma escola acolhedora. Vamos trabalhar para que cada escola tenha um grêmio estudantil para, assim, poder debater permanentemente junto à comunidade escolar”, disse Arns.
O novo plano prevê 18 objetivos a serem cumpridos até 2034 nas áreas de educação infantil, alfabetização, ensinos fundamental e médio, educação integral, diversidade e inclusão, educação profissional e tecnológica, educação superior, estrutura e funcionamento da educação básica.
Para Hugo Silva, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), o funcionamento das escolas públicas de educação básica precisa ser transformado para se tornar algo atrativo para os jovens. Silva acredita que o PNE pode auxiliar na estruturação dessa escola do futuro e contribuir para diminuir a evasão escolar.
“Chega das escolas parecerem presídios. A gente visita locais em que existem mais grades do que bebedouros. Precisamos que o PNE estruture o que vai ser a construção dessa escola com a nossa cara, com cultura, esporte, produção de ciência e tecnologia. Uma escola onde a gente sinta vontade de estar lá”, reforçou.
Durante o debate, a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirella, ressaltou que o abandono escolar também é uma realidade no ensino superior, e entre as causas que levam à evasão está o endividamento dos alunos. Segundo ela, é necessário mais investimento público na educação superior para reverter o cenário. “Quando eu falo de educação, digo também da assistência estudantil para garantir a permanência dos estudantes na universidade, o acompanhamento deles e a finalização do curso.”
Também estiverem presentes: Heleno Manoel Gomes Araújo Filho, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE); e Allysson Queiroz Mustafa, coordenador da Secretaria de Assuntos Educacionais e Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE).