É com preocupação que os membros da Frente Parlamentar Mista de Educação (FPEME) veem um novo episódio de servidores públicos que entregam suas funções por conta das decisões tomadas pela direção de um órgão importante para a educação. Depois do trauma da exoneração de 37 coordenadores no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, agora são 51 pesquisadores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que deixam suas posições por não terem o devido apoio para o trabalho de avaliação da pós-graduação.
As denúncias tratam de pressões para que processos relacionados à expansão do Ensino à Distância andem mais rápido. A posição dos acadêmicos faz com que seja necessária uma manifestação da presidência e da Diretoria de Avaliação (DAV) da Capes dos motivos para a cobrança de uma velocidade maior que a usual. Também é preciso esclarecer por que o órgão levou dois meses para recorrer da decisão que barra a Avaliação Quadrienal da pós-graduação, motivo pelo qual levou a Justiça a negar o recurso.
A qualidade dos cursos de pós-graduação no País e sua verificação pela Capes sempre tiveram a confiança da sociedade brasileira e não podem sofrer com questões políticas nem estarem suscetíveis a interesses financeiros.
Deputado Eduardo Bismarck e Deputada Adriana Ventura
Coordenadores da Comissão de Avaliações Educacionais da Frente Parlamentar Mista da Educação
Deputado Israel Batista
Presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação