Integrando a programação dos ciclos de palestras da Câmara dos Deputados, o debate realizado na última quarta-feira (02/10) com mediação do deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), deu espaço para experiências do ensino em tempo integral no Ceará.
Participaram da palestra a vice-governadora do Estado, Maria Izolda Cela e as diretoras escolares Ana Emília Pinheiro, da Escola Estadual de Educação Profissional Lysia Pimentel Gomes (Sobral/CE) e Adriana Almeida, da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Irapuan Cavalcante Pinheiro (Fortaleza/CE).
Intitulado “Excelência com equidade”, as experiências apresentadas são resultado de um estudo da Fundação Lemann divulgado recentemente que mapeou cem escolas que atendem jovens de baixo nível econômico com 99% de aprovação e nota no Enem acima da média nacional, das quais mais da metade estão no Estado do Ceará.
“A nossa alternativa para a educação é o tempo integral, e os dados mostram bons resultados de aprovação no Ideb e no ingresso no ensino superior através do Enem. Das cem melhores escolas destacadas no estudo, 55 estão no estado do Ceará e trazemos essa experiência para que o Brasil conheça”, explicou Idilvan Alencar, que homenageou as 55 escolas mencionadas no estudo por figurarem na relação.
Para a vice-governadora do Estado, Maria Izolda Cela, essa agenda deve ser ampliada a nível nacional, considerando os ganhos para a educação. “É um agenda do governo do Estado do Ceará que, com esforço e empenho, pouco a pouco vence as dificuldades buscando expandir esse modelo. E esse relatório, o primeiro sobre ensino médio, tem o recorte na questão da equidade. São escolas que, apesar da adversidade, conseguem agregar conhecimento aos jovens e consideram um aspecto qualitativo, com engajamento da escola no projeto de vida do aluno”, acrescentou.
Adriana Almeida contou sua experiência no ensino médio de tempo integral aplicado desde 2018 na EEMTI Irapuan Cavalcante Pinheiro, escola de Fortaleza onde é diretora. Além das disciplinas curriculares, a instituição também disponibiliza disciplinas eletivas. “Percebemos uma melhora considerável dentro dos resultados da escola já nos primeiros anos de implantação. A taxa de evasão reduz bastante, mas o principal desafio é fazer valer a meta do Plano Nacional de Educação e ter no mínimo 55% das escolas de tempo integral no país. No Ceará já temos mais de 33%”, contou a diretora.
Para Ana Emília Dias, diretora da Escola Estadual de Educação Profissional Lysia Pimentel Gomes, também destacada no estudo, merece atenção o recorte do estudo e o foco no trabalho com equidade na aplicação do modelo, atendendo alunos de níveis econômicos baixos e gerando resultados consideráveis com impacto na vida dos alunos. “Isso também nos dá a certeza de que a modalidade de ensino médio integral favorece muito o desenvolvimento do jovem dentro da sua comunidade e do seu Estado”, concluiu.
A íntegra do debate pode ser acessada no canal da Câmara no You Tube.